Member-only story
Poema — Livro Aberto
Em mim guardo todas as histórias,
Que ao longo destes anos me deixaste.
Tornei-me pombo correio,
Quando ainda não sabia voar.
Por aqui voam comigo,
Como num suave balançar,
As histórias,
As memórias,
Mesmo de longe,
Para não escapulir.
Tu sabes que olho para imensidão do horizonte,
Todos os dias, para te seguir.
É impossível olhar para ti e não sorrir.
Afinal de contas,
És como um emblema,
Quem leu, já te conhece,
Constas em quase todos os meus poemas.
Por razões emigratórias,
Nem sempre te vejo,
Mas encontro-te no meu coração.
Viver no País abaixo do mar,
Torna mais difícil, a tarefa de te encontrar.
Como uma escritora ávida por ti,
Assim sou também leitora,
Espero avidamente pelo jornal que não chega,
Pelo menos, diariamente.
As tuas histórias demoram meses,
