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Poema — Quadro de Van Gogh
Neste fim de Outubro,
A floresta compete por uma paleta perfeita,
Entre formatos lisos e folhas imperfeitas,
Na tela, o outono empurra o Inverno,
E assenta na perfeição.
Aqui, ainda cheira a Verão,
A temperatura é amena,
Nesta floresta do País das Maravilhas,
Onde se repete a mesma canção.
As folhas entoam o mudar de estação,
Lutam entre si, por um lugar,
Por uma exposição.
Mas daqui,
Eu vejo a paleta perfeita,
Piso os rasgos de tinta,
E ouço a canção,
Os meus olhos maravilham-se,
Os rasgos de sol dão o toque final,
O laranja e o verde complementam-se,
E dão as mãos.
Eu vejo a sua obra de arte,
Pintada pelas mãos da Natureza,
Um belíssimo quadro de Van Gogh,
Arquitetado com destreza,
Merecedor de uma premiação.
Hoje,
Idolatro a coragem,
Da natureza pintar na sua tela,
O pintor que sempre amou a sua paisagem.
Neste dia de Outono,
Daqui do chão,
Eu venero a mais bela homenagem,
Feita à sua criação.
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