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Rota das Andorinhas — Parte III
Presente da Realidade
Para lá da pequena janela,
Acordei,
Como com um presente da realidade,
Suspirei,
Com os pés no mar salgado,
Pensei.
Olhei para o céu,
As andorinhas não aparecem desde que cheguei.
Sabem que este caminho nunca esquecerei.
As andorinhas voaram,
E eu também.
Como num voo demorado,
Com um destino traçado,
Mergulho no mar como na primeira vez,
Digo às ondas,
Que novas memórias colherei,
Que junto dos meus a vida celebrarei,
Ao leme da rota que para mim tracei.
Este poema faz parte de uma mini série que escrevi denominada — Rota das Andorinhas, que ilustra sob a forma de poesia o que é viver afastado da família e dos locais que nos viram crescer e como é o desencontro e reencontro após meses de afastamento.
Porquê o título– Rota das Andorinhas?
As andorinhas simbolizam neste caso a minha imigração para os Países Baixos, a minha rota nesta viagem de ida e volta para a…